Shells on the shore - Susan Jenkins



Brigaram. Ela saiu correndo aos prantos. Internou-se na própria casa. Fez greve de socialização. Demorou um tanto de dias para voltar a sair. Deixou as lágrimas faltarem, a respiração cansar de ser violenta e o coração parar de acelerar. O tempo não cessava de passar e veio o dia em que ela resolveu sair. Escolheu a brisa do mar e a areia da praia como companheiras de reflexão. Afinal de contas, não foram muitos dias que se passaram e a briga ainda estava pendente. O amor dela também... Tropeçou! Despertou para a realidade de frente a uma concha marinha. Pegou-a e pôs no ouvido. Porém, ao invés de ouvir o barulho do mar, ouviu a voz dele. A voz do seu amor pendente. “Por favor, desculpe-me, eu não te esqueci...”. Ela achou real demais para ser coisa da sua cabeça, então se voltou para trás e o viu. Ele também havia escolhido a brisa do mar e a areia da praia como companheiras para aquele amor pendente. Perdoaram-se. Amaram-se ali mesmo. E a concha permaneceu em silêncio.