Sitting woman II

Desde menina, o que ela mais amava fazer era comer. Por isso, suas fotos de criança eram registros de toda a sua fofura. Foi uma criança quase obesa, uma jovem gorda e guiou-se no caminho de uma adulta gordinha – sempre comendo para se sentir feliz. No entanto, quando se tornou uma grande empresária, todos os seus assessores impuseram que a magreza era necessária para cultivar a boa imagem da empresa. Regimes árduos, carboidratos limitados, açúcares determinados... Boa parte do seu gordo salário foi gasto com nutricionistas, ao invés de compras das melhores iguarias.
O regime a mergulhou numa profunda depressão. De mulher gorda e bem-sucedida foi ser mulher magra e mal sucedida. Perdeu o ânimo dos negócios e encaminhou a empresa à falência. Porém, não se deixou abater: hoje é uma simples e gorda secretária, ganhando o necessário para fartar-se com aquilo que a deixava mais feliz: comidas, comidas e comidas.