Colors of Cognac - Andy Mathins

Santo conhaque! A mulher já esquecera que não possuía um tostão para pagar o táxi na volta, mas o conhaque na certa a ajudará a dormir em alguma calçada gelada da cidade como se fosse num colchão d'água de algum Hotel Plaza. Ela vai estar entregue a qualquer homem aventureiro (até aos santos também); terá os sonhos mais energéticos da noite citadina;  além de arrancar risos de desconhecidos e gargalhar fartamente como quem ganha na loteria. O álcool é amigo de todos e todas. Manhã, tarde ou noite... Basta escolher o momento em que se afastar do mundo e esquecer da vida é a melhor decisão a ser tomada. E o conhaque? Ah, esquenta a pele como um cobertor divino! Porém, como tudo possui um porém, o santo conhaque irá despertá-la numa manhã aturdida, despedindo-se de mais uma alma problemática e deixando desamparada uma mulher que, apenas depois de gastar com doses e mais doses, perceberá que o álcool não resolve problemas e a vida só é bem vivida por gente sóbria.