A saudade não a apertava mais. De tão grande que era, a saudade daquela moça já escapava para apertar seu arredor. As pessoas não se sentiam mais tão bem ao lado dela, pois a saudade que ela transmitia causava a sensação de aperto nos outros. E por onde ela passava, a saudade ia envolvendo as pessoas, os lugares, os ares... Até o dia que sua saudade ficou tão grande que apertou o mundo. E nesse aperto mundial, ela sentiu que havia tocado nele. Ele, razão daquela saudade, que estava a uma distância tão grande. Distantes por um tempo tão longo. E, então, pela primeira vez, meio a tanto tempo e tanta distância, a moça agradeceu por ter aquela saudade. Saudades dele. Saudades que a mantinha perto dele.
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- sábado, 17 de janeiro de 2015
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Evilanne Brandão de Morais. Tecnologia do Blogger.