Lucy in L.A. - Fabian Perez

Aquilo sim era amor genuíno. Não precisa de consentimento. Para onde quer que fosse, ele a carregava consigo. Em pensamento, em foto ou, por vezes apenas para confirmar suas lembranças, rabiscava o rosto delicado da sua amada no guardanapo do bar em que estivesse mais uma vez se privando de viver. Afinal de contas, porque viver se ela estava com outro? Preferia embebedar-se a manter a lucidez de um homem rejeitado. E, além do mais, era embriagado que conseguia fazer seus melhores desenhos e isso já era o suficiente para satisfazê-lo.